Crianças de 1 até 5 anos podem ser vacinadas mesmo se já tomaram a vacina anteriormente. Reforço será dado para quem já tomou o imunizante, diz Ministério.
O Ministério da Saúde espera vacinar 11,2 milhões de crianças e a meta é chegar a pelo menos 95% delas. A campanha tem por objetivos:
– Vacinar quem nunca tomou a vacina;
– Completar todo o esquema de vacinação de quem não tomou todas as vacinas;
– Dar uma dose de reforço para quem já se vacinou completamente (ou seja, tomou todas as doses necessárias à proteção).
A campanha nacional vai até o final do mês e trata-se de uma campanha de mobilização, já que a vacina contra o sarampo fica disponível o ano inteiro nos postos de saúde. No dia 18 de agosto, acontecerá o Dia D de mobilização, quando os mais de 36 mil postos de vacinação no país estarão abertos ofertando as vacinas.
Esse tipo de campanha que inclui o reforço da dose, informa o Ministério da Saúde, acontece de quatro em quatro anos e já estava prevista no orçamento da pasta. Esse ano, no entanto, a campanha é ainda mais importante dada à volta da circulação do sarampo no território brasileiro e a ameaça da poliomielite.
Quem deve ser vacinado?
Contra a poliomelite: crianças de 1 até 5 anos independentemente de quantas doses já tomou. Em casos de nenhuma dose, será aplicada a Vacina Inativada Poliomielite. Em caso de uma ou mais doses, será aplicada a Vacina Oral Poliomielite, a famosa “gotinha”.
Contra o sarampo: crianças de 1 até 5 anos independentemente de quantas doses já tomou.
Não devem ser vacinadas: crianças de 1 até 5 anos que tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.
Poliomelite
Não há novos casos de poliomielite no Brasil. No entanto, os casos da doença aumentaram em outros países, como alertou a Organização Mundial da Saúde.
O Ministério da Saúde informou que 312 municípios brasileiros estão com baixa cobertura para a vacina contra a poliomelite: eles não chegaram a vacinar nem metade das crianças menores de um ano. Os dados são os últimos disponíveis, referente ao ano de 2017.
A recomendação internacional para o controle da doença é de que pelo menos 95% das crianças sejam vacinadas. Atualmente, a média nacional de cobertura é de 77%.
Foto: Roberto Scola / Agencia RBS